segunda-feira, 15 de junho de 2015

Barco movido a ondas faz travessia de sete mil quilômetros entre o Havaí e Japão.

Barco movido a ondas faz travessia de sete mil quilômetros entre o Havaí e Japão.


Do Havaí ao Japão com as ondas.

Saindo do porto de Honolulu no Havaí, o ambientalista e marinheiro japonês Kenichi Horie, chegou ao Canal Kii na costa leste do Japão a bordo do catamarã Suntory Mermaid II e estabeleceu o recorde da mais longa travessia marítima feita por um barco movido a ondas, percorrendo 6.960 quilômetros

O objetivo da aventura era demonstrar que o novo sistema de propulsão ecológica poderia ser operado em condições reais. A novo barco foi projetado e construído pelo engenheiro Yutaka Terao, do departamento de engenharia naval da Escola de Ciência e Tecnologia Marinha da Universidade Tokai, Japão, e potencializa a energia das ondas para produzir o impulso similar ao de um golfinho, a partir de duas nadadeiras independentes.

Esperava-se que o barco de três toneladas e 31 pés faria a viagem em uma velocidade de 3 a 4 nós por hora e levaria 60 dias para chegar à costa do Japão, mas devido as condições do mar que estava mais calmo, a velocidade média foi de apenas 1,5 nós por hora e a viagem acabou levando 111 dias.

Apesar de tudo, a equipe ficou satisfeita com o resultado. "Conseguimos provar que nosso sistema de propulsão pode completar uma viagem de 7.000 quilômetros", disse Terao em uma entrevista via e-mail. "E podemos facilmente aprimorar a velocidade. Na verdade, os aprimoramentos já estão sendo feitos."

Horie, que comandou o Mermaid nessa jornada, já detém dois recordes mundiais por pilotar barcos ecologicamente corretos: o primeiro, obtido em 1993, pela mais longa distância percorrida por um barco movido a pedaladas, 4.660 milhas náuticas; o segundo, em 1996, pela travessia mais rápida do Pacífico em um barco movido a energia solar, 148 dias.

Na chegada no último domingo, o marinheiro comentou: "Chegou a hora de pararmos de usar combustíveis fósseis. Espero que essa viagem aumente o interesse do público pela energia natural."

Horie, 69, apesar de estar mais magro após sua viagem de três meses e meio no mar parecia bem. "Ainda havia comida no barco, então eu poderia ter aproveitado a viagem por algum tempo, mas acho que vou deixar para a próxima", disse ele com um sorriso.

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